Penguin Books
A história da editora britânica Penguin Books.
Fred
4/2/20252 min read


A Penguin Books, fundada em 1935 por Allen Lane e seus irmãos Richard e John, revolucionou o mercado editorial ao introduzir livros de bolso acessíveis e de alta qualidade. A ideia surgiu quando Lane, frustrado com a falta de opções de leitura acessíveis em uma estação ferroviária, decidiu criar uma linha de livros que combinasse preço baixo com conteúdo literário de excelência. Os primeiros títulos incluíam obras de autores renomados como Ernest Hemingway, André Maurois e Agatha Christie, com um design simples e codificação de cores para diferentes gêneros: laranja para ficção, azul para biografias e verde para crimes. Essa abordagem inovadora permitiu que a Penguin vendesse milhões de exemplares nos primeiros anos, estabelecendo-se como uma força dominante no mercado editorial britânico.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Penguin consolidou sua posição como uma instituição nacional ao publicar manuais práticos e fornecer livros para os serviços militares e prisioneiros de guerra. O racionamento de papel imposto pelo governo britânico favoreceu a Penguin, pois sua alta tiragem pré-guerra garantiu uma cota maior de papel, permitindo que continuasse a produzir livros acessíveis em um período de escassez. Em 1946, a editora lançou a série Penguin Classics, iniciando com a tradução da "Odisseia" de Homero por E.V. Rieu, tornando textos clássicos acessíveis ao público geral. Essa série cresceu para incluir mais de 1.200 títulos, abrangendo desde a "Epopeia de Gilgamesh" até "Um Estranho no Ninho".
Em 1994, a Penguin introduziu a série Penguin Popular Classics, oferecendo edições econômicas de obras clássicas sem introduções ou notas explicativas, visando tornar a literatura clássica ainda mais acessível ao público em geral. Essa iniciativa foi uma resposta a outras séries de reimpressões econômicas e reforçou o compromisso da Penguin em democratizar o acesso à literatura de qualidade.
Ao longo das décadas, a Penguin Books continuou a inovar e expandir seu catálogo, mantendo-se fiel à missão original de Allen Lane de tornar a boa literatura acessível a todos. Seja através de suas séries clássicas ou de novas iniciativas editoriais, a Penguin permanece uma referência no mundo literário, conectando leitores a obras que moldaram e continuam a moldar a cultura global.